Após acordo, maternidade de São Pedro da Aldeia não vai parar de funcionar

Direção da unidade entrou em acordo com município nesta terça-feira (29). Após morte de bebê, diretor da maternidade disse que local iria parar.


A maternidade do hospital Missão de São Pedro, em São Pedro da Aldeia, vai continuar atendendo os pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A direção do hospital entrou em acordo com a Secretaria de Saúde durante uma reunião que aconteceu nesta terça-feira (29). Ficou decidido que o município vai aumentar a verba de auxílio para o hospital, mas o valor ainda não foi definido.

A reunião para discutir o atendimento na unidade aconteceu depois que a administração do hospital enviou um ofício à prefeitura, na tarde da última segunda (28), comunicando que os atendimentos às gestantes seriam descredenciados do SUS. e com isso, só seriam oferecidos serviços às pacientes com planos de saúde. A unidade é administrada por uma fundação e recebe verbas de convênios firmados com o município e o Governo do Estado.

Segundo o diretor do hospital, Antonio Gil, apenas a verba repassada pelo SUS não é suficiente para suprir os gastos com a maternidade. A unidade estaria acumulando uma dívida mensal de R$100 mil com os atendimentos.

Na semana passada, a morte de um recém-nascido gerou polêmica. Segundo a família da criança, Lucca Bittercourt Lopes Cardoso, morreu com três dias de vida, por falta de pediatra durante o parto. A família denunciou também a falta de aparelho respirador e demora na transfêrencia para uma UTI Neonatal. Na ocasião, o diretor admitiu a falta de funcionários e explicou que a unidade não possui respirador, porque é um aparelho usado apenas em UTI Neonatal.

Ainda de acordo com o diretor da unidade, a morte do bebê foi um caso isolado. Ele negou que foi o que motivou o pedido de descredenciamento.
Diretor pediu descredenciamento 

Na segunda-feira (28),  dez dias depois da morte de um bebê, a direção da maternidade enviou um oficio à prefeitura comunicando que os atendimentos a gestantes serão feitos apenas até esta quinta-feira (31). O autor do ofício afirma que o hospital não tem condições de gerenciar a maternidade.

"Se a Secretaria de Saúde quiser assumir o funcionamento nós podemos ceder a estrutura. O que não pode é o hospital fazer o papel da prefeitura", disse o médico Antônio Gil, diretor da maternidade do Hospital das Missões.

Fonte: G1 - Região dos Lagos
Categorias: Saúde

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